quarta-feira, 5 de julho de 2017

AMAR É PRECISO

As relações que vinculam as almas no transcorrer do tempo, muito além do exíguo transcurso de uma vida, marcam profundamente e se arrastam séculos e séculos em um entrelaçamento de que advém toda sorte de realizações ou de dor.
O impulso superior inevitavelmente compele ao realinhamento e retificações necessárias.
O concerto de dor e incompreensão entre pessoas que comungam da luta diária, estejam ou não no seio de uma família, tem sua origem numa causa comum, o desfecho causal que construímos no exercício de nosso livre-arbítrio.
Se na destra empunhamos, orgulhosos, o cetro que nos garante a livre escolha, nosso livre talante, na outra mão algemam-se os lastros que adquirimos com as escolhas que, no cotejo de nossas ações com a Lei de Harmonia Universal, a Vida reputa ilícitas.
É nesse imenso oceano tormentoso que o ser humano navega.
As ondas atormentam-lhe a capacidade de manter o curso sob as estrelas que, ao menos em sonho, tem-nas como suas.
E o céu, ao nublar-se com o cinza-chumbo das tempestades impiedosas, arremete-o às correntezas forçando o leme em fugas tão inevitáveis quanto corroente é a dor de saber-se à deriva.
O homem, assim, navega julgando-se senhor de seu navio ao mesmo tempo em que, tantas e tantas vezes, não pode senão manter-se no convés, agarrado ao leme que deveria comandar, suplicando seu apoio.
Mas segue. Navega. Ultrapassa as tormentas com a doce dádiva de julgar-se vencedor. 
Não tenhamos a ilusão de que tudo podemos com nosso livre-arbítrio. 
Invariavelmente, continuamos estritamente nos limites concedidos pelo Pai Eterno, que nos ama incondicionalmente.
Cada um de nós pode fazer o que quiser, é certo. Mas não deixaremos de pagar até o último ceitil das dívidas que assumirmos perante a Vida. Com ou sem aceitação de nossa pequenez e submissão à Lei, acreditemos ou não na existência dessa Lei Universal, pouco importa, o fato é que devemos nos conscientizar de que é inadiável adotarmos o Amor em nossas vidas.
Amemo-nos uns aos outros!


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